A Papergames trouxe para o Brasil um jogo de tabuleiro casual, com apelo para toda a família, que combina simplicidade a um design elegante. Estamos falando de Planet, jogo de Urtis Šulinskas, lançado em 2018 pela Blue Origin Games. Neste jogo, para até 4 jogadores, cada participante monta o seu próprio planeta escolhendo peças que representam áreas de diversos tipos de eco-sistemas com o objetivo de atrair a maior quantidade de animais para habitá-lo.

Boa parte da comunidade fã dos jogos de tabuleiro modernos também conhece RPGs, os jogos de interpretação de papéis. Mesmo que nunca tenha jogado uma sessão de RPG sentado à mesa com um grupo de amigos, provavelmente já jogou um vídeo game do gênero ou pelo menos já ouviu falar. Quem já o fez sabe que a criação da ficha do personagem é uma etapa que precede a aventura de RPG e consiste em descrever em detalhes as características do seu personagem, como: raça, sexo, alinhamento e o nível inicial de vários de seus atributos. Conhecendo bem os pontos fracos e fortes de seu personagem, o jogador terá uma boa idéia de como se comportar diante das mais diversas situações que surgirão durante a aventura. Existem jogadores mais ou menos meticulosos na criação de seu personagem, mas seja qual for o caso, todos sabem que o jogo só começa pra valer depois dessa etapa. Pois bem, foi aí que veio o Keith Matejka e criou um jogo de tabuleiro focado somente nesta primeira etapa. Você cria o seu personagem e fim!

 O jogo Gùgōng, lançado no Brasil pela Kronos Games, se passa na China de 1570, durante a dinastia Ming, início do reinado do imperador Longqing. Neste período, a construção da grande muralha está em andamento e o país passa por uma grande re-estruturação. Os crimes de corrupção passam a ser punidos de forma severa, mas os nobres influentes recorrem à troca de presentes como forma de descaracterizar tais crimes e ainda assim manter a máquina corrupta funcionando. Trocar uma valiosa escultura de jade por um humilde vaso de barro em troca de um favor não é tão facilmente caracterizado como corrupção, mas cumpre o mesmo papel, e o jogo de tabuleiro implementa esta troca de presentes como sua principal mecânica.

Um dos meus gêneros favoritos de jogos de tabuleiro é dedução. Adoro o quebra-cabeça mental que este tipo de jogo proporciona, dando pistas para que você desvende o mistério. Quando uma revistinha de passatempos Coquetel cai em minhas mãos, logo procuro pelos desafios de lógica, meus preferidos absolutos. Sendo assim, foi impossível resistir à proposta de Cryptid, jogo de dedução lançado em 2018 pela Osprey Games e prometido no Brasil pela Grok.

Ameritrash ou Euro? Party game ou estratégia pesada? Civilization ou GTA? As respostas a essas e outras perguntas definem o perfil de um jogador. Quando o Tabuleiros da Zona Oeste começou lá em 2012, eu ainda não conhecia bem o meu perfil de jogador e muito menos o do meu grupo de amigos. Eu comprava jogos de todos os tipos e tudo era novo e interessante, mas com o tempo começaram a se estabelecer alguns filtros e preferências.